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O impacto dos contraceptivos orais na performance esportiva

Foto do escritor: Instituto ANMAInstituto ANMA

O ciclo menstrual representa uma parte de grande importância na vida de mulheres e que muitas vezes pode trazer desconfortos. Isso não é diferente em mulheres atletas, que também experimentam os efeitos dessas alterações, principalmente durante o período competitivo, em que os sintomas como, dores menstruais, náuseas e dores de cabeça podem afetar negativamente a performance como um todo, o que por sua vez trouxe o uso de contraceptivos orais.


O ciclo menstrual

O ciclo menstrual é um processo fisiológico que ocorre de modo cíclico em todas as mulheres férteis. Este se divide em três principais fases: a fase folicular, com baixas concentrações de estrogênio e progesterona; fase peri-ovulatória, caracterizada por alto estrogênio e baixa progesterona; e a fase lútea, com elevados níveis de estrogênio e progesterona.

Contraceptivos orais e suas ações

No Brasil os contraceptivos orais (pílulas) em sua maioria, possuem formulações combinadas, compostas por estroprogestativos, ou seja, contêm pequenas doses de estrogênio e progesterona, ou a chamada minipílula que é composta apenas por progestativo, ou seja, unicamente progesterona. Sua função primária é a prevenção da gestação, mas podem ser utilizados para aliviar sintomas como dores e hemorragias e para reduzir a tensão pré-menstrual. Suas consequências fisiológicas, são a diminuição da produção endógena dos hormônios estradiol e progesterona, enquanto provém a suplementação exógena dos mesmos, acarretando em um mecanismo de feedback negativo dos hormônios gonadotróficos.

Contraceptivos orais e performance

Uma série de estudos vem sendo conduzidos para avaliar os possíveis impactos dos contraceptivos orais na performance, uma vez que este suprime a síntese endógena de hormônios. Nesse sentido, a literatura demonstrou que as mulheres que utilizam contraceptivos orais podem apresentar um desempenho esportivo ligeiramente inferior quando comparadas com mulheres que não utilizam. Uma das possíveis explicações podem ser as reduções das concentrações endógenas de estradiol e progesterona.

Mas, vale ressaltar que embora os efeitos sejam observados, de uma perspectiva prática, as evidências atuais não garantem geral orientações sobre o uso de contraceptivos orais em comparação com o não uso. Contudo, no que se refere à mulher atleta, é imprescindível considerar e avaliar-se individualmente seus efeitos, uma vez que a resposta ao contraceptivo oral se dá de forma distinta, sendo recomendado de forma geral a não administração da contraceptivos orais próximo ao período competitivo.

Para um estudo mais aprofundado sobre o tema, segue algumas sugestões de leitura:

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